Ciclo de Gestão e Núcleo Financeiro também podem paralisar as atividades
O silêncio do Governo no que tange a Campanha Salarial 2012 não atinge apenas os Auditores-Fiscais. Após reunião com a Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, no dia 13 de junho, integrantes das carreiras do Ciclo de Gestão e do Núcleo Financeiro manifestaram indignação com a não apresentação de uma proposta por parte do Executivo.
A frustração com a postergação da negociação foi tema de diversos depoimentos de dirigentes sindicais registrados em um vídeo disponibilizado na internet. Além de demonstrar a insatisfação de todos, os sindicalistas também sinalizaram para a possibilidade de deflagração de greve por tempo indeterminado.
Vale lembrar que professores e técnicos administrativos de 50 universidades federais já estão em greve. Sem falar que a Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) anuncia greve também a partir do dia 18. De acordo com a entidade, a Confederação representa cerca de 80% dos servidores federais. O movimento foi aprovado em plenária por 300 representações da base da Condsef e por 31 entidades nacionais que estão unidas na Campanha Salarial.
Diante deste cenário, é fácil concluir que o Governo está fazendo uma aposta perigosa ao optar por não negociar as reivindicações apresentadas pelos servidores federais. A paralisação das carreiras que compõem o núcleo estratégico do Executivo e a base da Administração Federal terá reflexos incalculáveis que certamente irão repercutir na sociedade.
Desde 2011, os servidores federais têm buscado negociar. Mas até agora as reuniões ocorridas não surtiram efeito. O Sindifisco ratifica que a intransigência e o radicalismo partiram do Governo e quando a sua cúpula decidir negociar, os Auditores-Fiscais estão prontos para sentar à mesa.