Diretoria participa de protesto no STF contra impunidade no caso
O diretor-adjunto de Defesa Profissional do Sindifisco Nacional, Dagoberto Silva Lemos, participou nesta quinta-feira (28/1) de um ato público promovido pelo Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho), no STF (Supremo Tribunal Federal), em protesto contra os seis anos de impunidade da chacina de Unaí (MG).
O diretor-adjunto de Defesa Profissional do Sindifisco Nacional, Dagoberto Silva Lemos, participou nesta quinta-feira (28/1) de um ato público promovido pelo Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho), no STF (Supremo Tribunal Federal), em protesto contra os seis anos de impunidade da chacina de Unaí (MG).
A presidente do Sinait, Rosângela Rassy, agradeceu a presença e o apoio do Sindifisco Nacional. “Essa é uma parceria bem-sucedida que espero perdurar por muito tempo”, disse Rosângela, que tinha uma expectativa de participação nesse ato público de aproximadamente 200 pessoas. Ela relembrou também que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) estabeleceu que os processos iniciados até 2005 deveriam ser julgados até 2009, ou seja, a chacina de Unaí deveria ter sido julgada no ano passado. Rosângela participou, ainda na manhã desta quinta-feira (28/1), de uma audiência no STJ (Supremo Tribunal de Justiça), onde existem dois recursos pendentes de apreciação do caso.
Durante a manifestação, Dagoberto Lemos conversou com uma das viúvas dos assassinados, Genir Lage. “Também perdemos diversos colegas da Receita e o assassinato de Auditores, seja do Ministério do Trabalho ou da Receita, é um ataque ao Estado, e a falta de justiça é uma fragilização dele”, disse.
Genir Lage, viúva de João Batista, também agradeceu a atenção do Sindifisco. “É reconfortante o apoio de todas as entidades desde o início, porque esses seis anos de impunidade mantiveram nossa família presa na dor e na sede de justiça, enquanto os assassinos estão livres”.
Também participaram do ato público, entidades sindicais integrantes da Frente Nacional contra o Trabalho Escravo, além de parlamentares como o senador José Nery (PSOL/PA).
Censura – Vários materiais foram confeccionados para a manifestação: cartazes, camisetas, panfletos, manifesto e um front light (outdoor iluminado), que foi colocado na região do Aeroporto de Brasília. Neste último, segundo o Sinait, a Infraero, que controla os espaços de publicidade do local, censurou a frase original: “Seis anos de impunidade da Chacina de Unaí – Julgamento Já!”.
A alegação foi de que a mensagem tinha “conteúdo político-partidário”, proibido pelo contrato de utilização do espaço. Depois de várias tentativas de negociação e de substituição da palavra “chacina” por crime ou assassinato, o Sinait mudou a frase para “Em respeito às vítimas de Unaí – Julgamento Já!”.
Durante o ato público, a presidente do Sindicato, Rosângela Rassy, relembrou o assunto e, em nota, disse que será enviada correspondência à Infraero e ao Ministro da Justiça, Nelson Jobim.
“Não vamos ficar calados diante desta arbitrariedade, deste ato de censura. O Sinait não tem qualquer envolvimento político-partidário. E dizer que aquele crime não foi uma chacina é tapar o sol com a peneira”, disse a presidente. O Sindifisco Nacional se solidariza com familiares e amigos das vítimas da chacina de Unaí.