Polícia prende suspeito de atentado contra Auditor
A imprensa cearense divulgou nesta quarta-feira (25/3) informação de que o iraniano Farhad Marvizi, preso em Fortaleza na última segunda-feira (23/3) sob acusação de exploração sexual, é também suspeito da tentativa de homicídio contra o Auditor-Fiscal José de Jesus Ferreira.
Segundo reportagem veiculada pela TV Verdes Mares, retransmissora da Rede Globo no Ceará, o empresário é dono de pelo menos três lojas em shoppings da capital cearense que vendem equipamentos eletrônicos, a maioria importados. Os negócios do estrangeiro levantaram suspeitas do Fisco e suas transações começaram a ser alvo de investigação da Secretaria da Fazenda do Estado e da RFB (Receita Federal do Brasil). Foram pelo menos oito fiscalizações nas lojas do iraniano.
A matéria enfatiza que quem estava à frente desse trabalho era o Auditor-Fiscal José de Jesus Ferreira, chefe da Direp (Divisão de Repressão ao Contrabando e ao Descaminho) da RFB no Ceará. Em dezembro do ano passado, Jesus Ferreira sofreu um atentado à bala, quando voltava para casa. O Auditor foi atingido por três tiros. As investigações continuam e a Polícia Federal não revela detalhes.
Prisão – Até esta quarta-feira, o empresário iraniano era um dos 140 presos a ocupar uma das celas da Delegacia de Capturas, da Polícia Civil do Ceará. De lá, ele deve seguir para um dos presídios cearenses. Farhad Marvizi, de 45 anos, foi preso na saída do apartamento dele com uma menina de 15 e outra de 14 anos. As duas disseram ter recebido dinheiro para fazer companhia ao empresário, que já era conhecido da polícia.
O iraniano, que mora há 15 anos em Fortaleza, já respondeu por outros crimes, como fraude aos direitos autorais, desacato e resistência à prisão, furto e porte ilegal de arma. Segundo a Polícia, Farhad Marvizi já estava sendo investigado há dois meses, devido a denúncias de exploração sexual feitas por vizinhos.
Por volta de 15h horas da última segunda-feira, uma equipe de policiais foi cumprir um mandado de busca e apreensão no apartamento dele. Foi quando aconteceu o flagrante por exploração sexual. Por esse crime, ele pode pegar uma pena de quatro a dez anos de prisão.