CDS recebe secretário da RFB e debate pleitos da categoria

O CDS (Conselho de Delegados Sindicais) recebeu o secretário da RFB (Receita Federal do Brasil), Auditor Fiscal Jorge Rachid, em seu último dia de reunião (29/5), para discutir a Campanha Salarial 2015. Por duas horas, Rachid falou sobre as expectativas do Governo em relação ao desempenho dos Auditores Fiscais para o incremento da arrecadação, neste momento em que o Executivo enfrenta o desajuste das contas públicas. 

O secretário tentou responder aos questionamentos dos delegados, que avaliaram que seu discurso não trouxe nenhuma novidade, além das informações já disponibilizadas pela DEN (Direção Executiva Nacional).  

Jorge Rachid enfatizou que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, conta com a força de trabalho dos Auditores Fiscais neste momento de ajuste no orçamento, uma vez que aproximadamente 70% de toda arrecadação do país está sob a responsabilidade da RFB.  Em sua avaliação, se o órgão atender as expectativas do Governo, consequentemente, será mais forte em conjunto com seu corpo funcional.  

“O ministro conhece as demandas da Classe, mas acredita na força da instituição para restabelecer as contas públicas. Neste momento, os espaços são reduzidos para todos, inclusive para os Auditores Fiscais. Mas, no momento oportuno, o ministro Levy se pronunciará”, respondeu Rachid. 

O discurso do secretário soou como um chamado para que a Classe volte toda sua concentração, junto com Executivo, para o ajuste orçamentário. No entanto, o presidente da Sindifisco Nacional, Cláudio Damasceno, reiterou que no ranking remuneratório, os Auditores Fiscais da Receita Federal amargam a 24ª colocação em comparação com os fiscos estaduais, segundo último levantamento do Sindicato. Essa situação é muito pior se considerarmos as remunerações dos fiscos municipais, que também ja alcançam um patamar remuneratório maior que os Auditores Fiscais. 

“Já que o próprio ministro da Fazenda nos vê como peça fundamental neste momento pelo qual passa o país, não podemos aceitar sermos tratados como na Campanha Salarial de 2012”, disse Damasceno. 

O sindicalista reforçou ao secretário que a Classe busca uma reunião direta com o ministro da Fazenda para tratar da questão salarial. Damasceno também alertou para necessidade da Administração da RFB levar a pauta reivindicatória dos Auditores Fiscais ao ministro Levy, a exemplo da Administração da PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional). Rachid foi questionado também sobre qual seria o papel da Receita Federal neste sentido. Ele respondeu que a pauta da categoria está entre suas constantes tratativas com ministro Levy.

Recepção – Apresentadas as argumentações do secretário, os delegados passaram a questioná-lo sobre pontos específicos da pauta – separação das carreiras, indenização de fronteira, porte de arma e ainda sobre o funcionamento da Assessoria de Comunicação da Receita Federal do Brasil, que na avaliação dos delegados, tem cometido diversas falhas que impedem a correta e imprescindível identificação dos cargos envolvidos nas operações da Receita Federal do Brasil.  

Findada a reunião, todas as vozes foram pela continuidade da mobilização por tempo indeterminado.  

A DEN cumprimenta o secretário pela presença no CDS e pela atenção a todos os questionamentos apresentados. Entretanto, considera que as respostas aos pleitos dos Auditores Fiscais, como a própria Campanha Salarial, não foram suficientemente esclarecedoras.

A Direção Nacional entende, como salutar, o diálogo continuo entre a Administração e a categoria, mas diante da falta de posicionamento efetivo do secretário e do ministro Levy, conclama  a categoria a se manter mobilizada em todo país. Somente com a união dos Auditores Fiscais será possível se conquistar os objetivos pretendidos. 

Todos à luta!!!!

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