Caso Sevilha: Sindifisco promove campanha publicitária na semana do julgamento, em Maringá

A partir deste fim de semana, a cidade de Maringá (PR) será tomada de uma série de ações publicitárias com o propósito de tratar sobre a importância de se fazer justiça no “Caso Sevilha”. A campanha midiática, que é de autoria da Direção Nacional, incluirá a distribuição de mensagens em locais estratégicos, como transportes públicos da região, painéis de outdoor e painéis de mídia digital em lotéricas e postos de combustíveis. O objetivo é mobilizar a cidade para um desfecho justo no julgamento que começará no próximo dia 5 de outubro, na Justiça Federal de Maringá, contra três dos acusados de assassinar o Auditor-Fiscal José Antônio Sevilha, há 17 anos, na cidade paranaense.

“Nossa campanha publicitária tem por objetivo maior reafirmar à sociedade que o assassinato do colega Auditor-Fiscal Sevilha foi uma grande tragédia para sua família e, ao mesmo tempo, uma tentativa de intimidar a ação do Estado no combate à sonegação e às organizações criminosas. Os Auditores-Fiscais da Receita Federal não permitem a banalização do mal e da impunidade dos criminosos que atuam contra sua função pública e, por isso, vêm juntar-se à população de Maringá no clamor por justiça, ainda que tardia”, disse o diretor de Comunicação Social do sindicato, Auditor-Fiscal Helder Rocha.

A campanha prevê ainda veiculações de mensagens nas rádios Maringá FM e CBN Maringá e a distribuição de camisetas para os Auditores-Fiscais que comparecerão ao julgamento.

Julgamento

Esta será a terceira vez que o empresário Marcos Gottlieb, que teria sido o mandante do crime, Fernando Ranea da Costa, apontado como executor, e o advogado Moacyr Macedo serão colocados diante do Tribunal do Júri. A primeira tentativa ocorreu há três anos e foi interrompida por uma estratégia da defesa do empresário. Em 2020, um novo júri foi reconvocado e, depois de cinco dias de depoimentos, acabou sendo dissolvido em função de problemas de saúde de um dos jurados.

Relembre o caso

José Antônio Sevilha foi morto em uma emboscada, em 29 de setembro de 2005. A motivação do crime seria interromper as investigações contra a importadora de brinquedos Gemini, segundo a Polícia Federal. A empresa havia sido autuada pela fiscalização em cerca de R$ 100 milhões e teve toneladas de mercadorias apreendidas.

A morte do Auditor teve ampla repercussão na imprensa e na sociedade paranaense, reacendendo a discussão sobre a segurança dos Auditores-Fiscais, sobretudo aqueles que atuam em regiões de alta vulnerabilidade.

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