DEN trabalha para evitar relaxamento de prisão
Representantes da Diretoria Jurídica do Sindifisco Nacional se reuniram na tarde de sexta-feira (1º/10) com os procuradores Márcio Andrade Torres e Francisco Machado Teixeira, do MPF (Ministério Público Federal) no Ceará, para discutir o andamento do processo relativo ao atentado contra o Auditor-Fiscal da RFB (Receita Federal do Brasil) e à época chefe da Divisão de Combate ao Contrabando e Descaminho José de Jesus Ferreira. A preocupação da Diretoria é a possibilidade de relaxamento da prisão de Farhad Marvizi, apontado como líder do bando que seria responsável pelo crime.
De acordo com os procuradores, o MPF está envidando todos os esforços para que o suspeito permaneça preso. As investigações apontam que Marvizi pode ser responsável pela morte de, pelo menos, 11 pessoas nos últimos dois anos, e que o acusado usava um grupo de policiais militares para praticar os assassinatos. O suspeito está preso desde agosto deste ano.
Conforme cópias dos autos, o Ministério Público Federal ofereceu denúncia em desfavor do réu pelos crimes de tentativa de homicídio contra o Auditor José de Jesus Ferreira e por duplo homicídio consumado (contra Carlos e sua esposa, no que parece ser espécie de “queima de arquivo”, já que o casal esteve envolvido na tentativa de homicídio contra o Auditor).
Vale lembrar que a DEN (Diretoria Executiva Nacional) vem acompanhando o caso desde o início, buscando apoiar José de Jesus Ferreira, cobrando da RFB mais segurança para os Auditores-Fiscais e exigindo punição rigorosa aos culpados. Para a Diretoria, o resultado das investigações do “Caso Jesus” representa um importante golpe contra criminosos que vêm, de forma contumaz, investindo contra a vida de quem trabalha de forma séria na defesa da sociedade.
Também participaram da reunião representantes da DS (Delegacia Sindical) Ceará e o advogado contratado pelo Sindifisco Nacional, Maurício Colomba.
Histórico – José de Jesus Ferreira foi atingido com vários tiros quando se dirigia para casa, no dia 9 de dezembro de 2008. Apesar da gravidade do atentado, o Auditor sobreviveu. Desde então, a Polícia Federal e a Receita Federal do Brasil se uniram para identificar os responsáveis pelo crime.