Carreiras discutem estratégias e ações articuladas em Limeira
A importância da Campanha Salarial Conjunta e as estratégias que serão adotadas para reforçar o movimento foi um dos focos de debate do seminário “Negociações salariais e condições de trabalho no serviço público”, realizado na terça-feira (17/4), em Limeira (SP).
“Pela primeira vez, nos reunimos na administração pública e acho que dessa forma podemos mostrar para o Governo que temos força e unidade de exigir melhores condições de trabalho”, destacou a diretora de Administração e Patrimônio da Unafe (União dos Advogados Públicos Federais do Brasil), Simone Fagá, em pronunciamento durante o evento.
Uma das maneiras de aumentar o apelo em prol da mobilização, defendeu a sindicalista, seria convencer a sociedade da importância das carreiras em questão. “Devemos demonstrar que o dinheiro público pertence à sociedade, mas para exercemos a função pública com eficiência não podemos ter aviltamento da remuneração e sucateamento”, ressaltou.
A interação das carreiras de Estado também foi apontada pelo diretor regional da APCF (Associação dos Peritos Criminais Federais), Alexandre Bernardo Andrea, como uma alternativa com boas perspectivas. “No nosso caso, temos cinco categorias internas distintas, e a negociação fica difícil por causa da falta de acordos. Mas agindo conjuntamente com grandes carreiras, como a da Receita Federal, dos Advogados da União e outras, podemos avançar”, afirmou.
Responsável por grande parte da arrecadação do país, São Paulo concentra dez unidades autônomas da RFB (Receita Federal do Brasil) e oito portos secos. O suficiente para uma mobilização à altura do comprometimento dos Auditores-Fiscais com a Campanha Salarial, na opinião do presidente da DS (Delegacia Sindical) São Paulo, Rubens Nakano.
“São Paulo está ativa! Por isso, estamos prontos para ajudar com ações organizadas em todos os setores”, advertiu Nakano.
O sindicalista acrescentou que fará circular um abaixo-assinado nas unidades da capital paulista em apoio à Campanha Salarial. Os representantes da Unafe e da APCF ficaram de posse de uma cópia a fim de avaliar a possibilidade de adaptá-la e fazer circular entre seus associados.
O presidente da DS (Delegacia Sindical) Santos, Elias Carneiro Júnior, também lembrou do peso que o porto da cidade tem para a economia nacional e não descartou ações de paralisação. “O porto corresponde a 34% de todo comércio brasileiro. Desembaraçamos quatro mil contêineres por dia. Em outras ocasiões, fizemos mobilização que ganhou repercussão e demonstrou nossa importância estratégica. Já estamos estudando novas ações semelhantes”, disse.