Governo descarta aumento linear para o servidor público

 

Em reunião realizada na quinta-feira (21/7) com as entidades da Bancada Sindical, entre elas o Sindifisco Nacional, o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, descartou a possibilidade de reajuste linear para os servidores públicos.

De acordo com Duvanier, o reajuste de 14,17% reivindicado pela bancada sindical está fora de cogitação. Segundo ele, para contemplar essa reposição e as demandas das mesas específicas, o governo necessitaria desembolsar R$ 40 bilhões para o próximo ano. O secretário disse ainda que há necessidade de fazer o debate nas mesas setoriais para verificar as distorções e definir as prioridades.

Por isso, o governo entende que não é momento para praticar o aumento linear mas, conforme destacou o secretário, se dispõe a manter uma negociação política salarial permanente com os servidores.

Como política de curtíssimo prazo, o governo deve deslocar a questão econômica da mesa geral para as mesas específicas, visando contabilizar o montante a fim de buscar os recursos no orçamento. Dessa forma, na mesa geral ficarão apenas as discussões acerca dos projetos de lei de interesse dos servidores públicos.

O secretário afirmou que, ao longo dos últimos quatro anos, foram gastos cerca de R$ 38 bilhões com os acordos assinados com as categorias no governo anterior. Disse ainda reconhecer que há carreiras com carência de melhorias, ao passo que existem outras com estrutura salarial consolidadas. “Para manter a sustentabilidade do desenvolvimento do país, não haveria possibilidade de atender todas as demandas”, justificou Duvanier, pedindo ponderação por parte das entidades.

Participaram da reunião, o diretor de Relações Intersindicais do Sindicato, Luiz Gonçalves Bomtempo, e o diretor de Relações Internacionais, João Cunha.

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