Governo define primeiras reuniões com entidades sindicais
Em audiência na noite de terça-feira (6/6) com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, e a diretora de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Marcela Tapajós, as entidades que integram a campanha de negociação salarial conjunta, entre elas o Sindifisco Nacional, definiram as duas primeiras reuniões para discutir temas de interesse.
A primeira ocorrerá no próximo dia 28 de junho, às 17h, para tratar de reestruturação salarial e adicional de fronteira; enquanto que a segunda será no dia 6 de julho, às 10h, para discutir a condução das leis orgânicas das entidades, que tramitam em diferentes estágios e instâncias do Executivo e do Legislativo.
Duvanier Paiva afirmou que o encontro tinha como intenção organizar uma agenda inicial de negociação, construída conjuntamente com as entidades e de acordo com as prioridades. Ele disse ainda que não seria possível adiantar as discussões sobre a política salarial durante a ocasião, já que o Ministério tem reunião agendada com as demais entidades sindicais que representam os diversos segmentos do serviço público federal para discutir as diretrizes de política salarial. Segundo o secretário, só a partir da divulgação dessa intenção é que as questões salariais entrarão no mérito dos debates.
À diretora de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Marcela Tapajós, o presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, expôs os quatro pontos comuns das entidades que integram a pauta de negociação salarial conjunta para o início das discussões com o governo e que foram contemplados, em parte, nas duas primeiras reuniões: o reajuste salarial, o encaminhamento das leis orgânicas em tramitação, o adicional para localidades inóspitas e o reforço das carreiras de apoio, que colaboram no auxílio das atividades laborais. “Acredito que após o encaminhamento desses pontos-comuns possamos caminhar para as questões específicas de cada categoria”, disse o sindicalista.
Cobranças– O segundo vice-presidente do Sindifisco, Sérgio Aurélio Velozo Diniz, cobrou os procedimentos acordados no memorial construído com o Ministério e a Classe, especialmente os que tratam dos efeitos funcionais da última greve (2008) e a progressão adicional aos Auditores que se encontram nos grupos B2 e B3.
Sobre o primeiro assunto, Marcela reafirmou que há entendimento favorável em relação à demanda e que o Ministério, percebendo que o problema está no Siape (Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos), vem fazendo mudanças para que o sistema operacional reconheça os dias de greve sem que tenham repercussão funcional.
Sobre a progressão adicional, a diretora disse que há consenso sobre o tema e que o andamento se dará a partir do patamar estabelecido no memorial.
Além de Delarue e de Sérgio Aurélio, estiveram presentes o primeiro vice-presidente do Sindifisco, Lupércio Montenegro, e o presidente da mesa diretora do CDS (Conselho de Delegados Sindicais), Auditor-Fiscal Ayrton Eduardo de Castro Bastos.
Participaram ainda representantes da ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), do Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho), da Anfip (Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil). Além de duas novas entidades que passaram a integrar o grupo de negociação: a APCF (Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais), carreira ligada à PF (Polícia Federal), e o Sindicato dos delegados da Polícia Federal no estado de São Paulo.