Governo provoca e adia reunião mais uma vez
O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, em mais uma demonstração de desrespeito às categorias envolvidas na Campanha Salarial Conjunta 2011, adiou outra vez a reunião com as entidades integrantes da negociação conjunta. O encontro ficou para terça-feira da próxima semana (30/8). Apenas nesta semana, a reunião foi remarcada duas vezes: prevista inicialmente para o dia 23, foi transferida para esta sexta-feira (26) e, agora, para o dia 30.
É importante ressaltar que a DEN (Diretoria Executiva Nacional) tem, há quatro meses, buscado incessantemente a via do diálogo como forma de tratamento das demandas apresentadas pelos Auditores-Fiscais. Não é intenção da Classe radicalizar o movimento para que seja atendida. Tampouco é interesse da categoria prejudicar a sociedade com ações de protesto. No entanto, a experiência passada recente deve servir de alerta para o governo a fim de que se evitem desgastes desnecessários.
Vale lembrar ainda que o Sindifisco Nacional tem, reiteradamente, alertado o governo sobre o quão improdutiva e prejudicial pode ser a utilização de manobras, como o constante adiamento das reuniões. Esses artifícios somente acirram os ânimos da Classe e impacientam os Auditores-Fiscais.
É inaceitável que o Planejamento se utilize de subterfúgios de cronograma para evitar uma negociação franca e sincera com a Classe. A sequência de adiamentos das reuniões é indubitavelmente uma manobra equivocada e irresponsável, além de ser altamente prejudicial a todos os envolvidos.
Não bastassem os sucessivos adiamentos, o secretário busca ainda estratagemas para desestabilizar as carreiras envolvidas na Campanha Salarial Conjunta e separa os encontros com as entidades em períodos distintos. A negociação com os representantes da PF (Polícia Federal) será pela manhã e com os representantes das demais categorias (Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil e do Trabalho), à tarde.
A Diretoria recebeu com grande estranhamento a nova forma de condução das discussões por parte do Planejamento. Obviamente, quaisquer resultados advindos dessa reunião em separado com a PF que divirjam do total e pleno reconhecimento da importância e da valorização do cargo de Auditor-Fiscal serão respondidos de forma contundente.
Os Auditores-Fiscais estão mobilizados e dispostos a fazer com que sejam atendidas suas demandas. A categoria entende inclusive que a administração da RFB (Receita Federal do Brasil) não poderá se omitir caso o governo continue a empurrar a Classe em direção a atitudes mais enfáticas.
Por fim, a DEN reitera que, embora não haja intenção, há ânimo e determinação por parte dos Auditores-Fiscais para a busca obstinada pelo atendimento de suas demandas. Caso o governo opte por essa via, restará à categoria apenas a radicalização do movimento.