Auditores unificam táticas de operação padrão em Foz
Durante o “Encontro Técnico de Uniformização de Procedimentos em Operação Padrão na Zona Primária”, realizado na terça-feira (10/7), na DRF (Delegacia da Receita Federal do Brasil) de Foz do Iguaçu, Auditores-Fiscais de várias partes do país discutiram uma série de ações a serem adotadas durante a mobilização pela Campanha Salarial.
Entre os pontos acordados e que serão em breve repassados pelo CNM (Comando Nacional de Mobilização) estão o de não desembaraçar DI (Despacho de Importação) durante as terças e quartas-feiras nos portos secos por tempo indeterminado, e o de selecionar o tipo de mercadoria a ser fiscalizada, ou seja, o que irá para o canal vermelho, além da realização de caravanas com a presença de um advogado do Sindifisco Nacional para esclarecer algumas regiões sobre o movimento. Outra decisão foi a realização, nas operações de repressão ao contrabando, de operação-padrão nas fronteiras secas, de preferência às terças.
“Vocês são a ponta de lança do movimento. Por isso, a função desse encontro é reunir quem trabalha nos portos secos e zonas de fronteiras para que encontrem a melhor maneira de traçar ações contundentes para atingirmos nossos objetivos nessa campanha salarial”, disse o presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue.
Diante da presença de Auditores vindos não só do Paraná, mas do Rio Grande do Sul, de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e do Espírito Santo, o sindicalista fez considerações sobre a postura do Governo ao longo de mais de um ano de tentativa de negociação e reforçou com a categoria a disposição que todos devem ter para conduzir as ações reivindicatórias.
“Vamos continuar as operações padrão e crédito zero até que tenhamos o atendimento dos nossos pleitos. Não há data para terminar o movimento. Já estamos incomodando, mas para que haja resultado precisamos intensificar nossa articulação”, esclareceu.
O presidente do Sindifisco informou ainda sobre como a condução das outras categorias na Campanha Salarial Conjunta e o tratamento dado pelo Governo sobre o adicional de fronteira, que está tramitando no Ministério do Planejamento.
O coordenador do CNM (Comando Nacional de Mobilização), responsável pela organização do encontro, Eduardo Tanaka, complementou a preocupação de Delarue a respeito da coesão do movimento e da uniformização dos procedimentos. “Esse debate de hoje é um processo de construção que envolve todos. É um momento necessário para avaliarmos e dizermos como e onde queremos chegar”, disse.
A possibilidade de manifestações conjuntas entres os trabalhadores das aduanas do Paraguai, Uruguai, Argentina, Colômbia e Brasil foi levantada pelo presidente da Frasur (Federação de Arrecadação Fiscal e Aduaneira do Mercosul), João Cunha.
O assunto foi uma das principais conclusões do encontro do Conselho Executivo da Federação no dia 28 de junho, em Campo Grande (MS).
Participaram ainda do encontro em Foz do Iguaçu os diretores do Sindifisco Nacional, João Eudes (Políticas Sociais e Assuntos Especiais), Rafael Pillar (Relações Intersindicais) e Gelson Myskovsky (diretor-adjunto de Administração e integrante do CRM da 9ª RF).
À tarde, o advogado da DEN, David Hissa, conversou com Auditores e tirou dúvidas sobre os dispositivos que legalizam a greve.