Auditores paulistas contribuem com propostas para a Campanha Salarial
Em São José dos Campos (SP), diante de um auditório lotado, o presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, participou de reunião com os Auditores-Fiscais em decorrência da continuidade da Campanha Salarial.
O encontro, na sexta-feira (14/9), pela manhã, além de detalhar as tratativas negociais com o Governo, que culminaram na contraproposta rejeitada pela Classe durante a Assembleia Nacional do dia 30 de agosto, Delarue provocou um momento de reflexão para a nova etapa de negociação.
Ele defendeu a criação de grupos de estudo que definam sugestões de diferenciação remuneratória da carreira e a manutenção de todos os pontos da última pauta de negociação como parâmetro para futuras conversas com o Executivo. Outras sugestões e dúvidas também foram levantadas pelos Auditores.
A continuação das operações padrão e crédito zero foram lembradas pelo sindicalista como estratégias importantes durante a segunda etapa da Campanha. “Entendo que todos deram contribuições muito significativas e, por isso mesmo, devemos manter as ações. No que trata do crédito zero, ao longo desses últimos meses construímos uma estratégia inédita dentro dos movimentos reivindicatórios da categoria, com redução de 60% dos resultados em relação ao ano passado. Temos de mostrar que não há saída se não negociarem conosco”, disse Delarue.
A regulamentação de uma norma que garanta a negociação coletiva e o direito de greve também foi comentada pelo presidente do Sindifisco, que mencionou quatro condicionantes: a regulamentação da obrigatoriedade de recomposição do poder de compra do servidor, prevista na Constituição; a previsão do dever de negociação por parte do Governo; o direito à arbitragem em caso da falta de acordo; e, só então, a limitação da manifestação de greve, também prevista na Constituição, porém, sem prejuízos para os servidores.
“O Sindifisco Nacional discutirá o tema no Congresso Nacional. Concordo que podem haver limites razoáveis na greve, desde que haja garantias também. Os direitos e deveres devem pender para os dois lados”, disse Delarue.
Previdência – O debate sobre a PEC 555⁄06, que trata da extinção da contribuição dos aposentados para a Previdência Social, também foi objeto de debate. Delarue lembrou que a categoria deve aproveitar o momento político para brigar pela matéria, com pressão sobre a base governista para a votação. Ele falou ainda da realização de eventos que ocorrerão em várias regiões e que antecederão um ato na Câmara dos Deputados, em Brasília.