Auditores de Foz devolvem armas institucionais nesta sexta
A fiscalização em uma das fronteiras mais movimentadas do Brasil, Foz do Iguaçu (PR), pode ficar comprometida, caso o governo não promova as ações necessárias no sentido de garantir a segurança de Auditores-Fiscais e demais servidores da RFB (Receita Federal do Brasil) em breve. Nesta sexta-feira (9/12), Auditores e servidores do órgão promovem ato de protesto com a devolução das armas institucionais à administração.
O Sindifisco Nacional apoia integralmente o ato e acompanhará a devolução in loco. Os diretores de Relações Intersindicais, Carlos Eduardo Dieguez, e de Defesa Profissional, Dagoberto Lemos, estarão com os Auditores da localidade durante todo o protesto. O ato é uma resposta da Classe ao impasse sobre o porte de armas no âmbito da RFB e à inércia do governo para a edição da MP (Medida Provisória) que pode sanar o problema.
Há uma proposta de medida provisória que regulamenta o uso do equipamento por Auditores-Fiscais e demais servidores do órgão. No entanto, ainda não se tem notícia de seu encaminhamento ao Congresso Nacional.
Os servidores que atuam na linha de frente no combate ao contrabando, ao descaminho e a outros ilícitos não podem ficar a mercê dos criminosos. O Estado não pode exigir que essas pessoas arrisquem a vida, exercendo sua atividade de forma insegura e sem o mínimo necessário para o trabalho e para sua proteção pessoal.
O Sindifisco defende que a categoria disponha das condições necessárias para trabalhar. As apreensões em Foz, assim como nos demais pontos onde a RFB atua, são divulgados diariamente no site do Sindifisco Nacional, demonstrando o comprometimento da categoria e o quão expostos estão os servidores da Receita Federal que atuam nessas operações de repressão.
Mais uma vez, a DEN (Diretoria Executiva Nacional) conclama os Auditores de todo o país, que exercem suas atividades em unidades que necessitam do uso da arma de fogo, que sigam o exemplo dos Auditores-Fiscais de Foz do Iguaçu e devolvam suas armas institucionais à administração como forma de protesto.