Auditores das DRJ debatem estratégias em nova fase da mobilização

A semana começou com a discussão sobre o modelo de mobilização a ser seguido nessa nova fase defendida pela categoria em Assembleia Nacional. Seguindo a agenda de reuniões setoriais, os Auditores-Fiscais lotados nas Delegacias da Receita Federal de Julgamento (DRJ) contribuíram ativamente com o debate junto à Direção Nacional, ao Comando Nacional de Mobilização (CNM) e ao Conselho de Delegados Sindicais (CDS), na tarde desta terça-feira (19).

O coordenador do CNM, Auditor-Fiscal Sérgio Aurélio, abriu a reunião destacando a necessidade desse espaço para que sejam feitas quaisquer críticas sobre a mobilização, mas também para reconstruir ações conjuntas a fim de manter a união da categoria. “Estamos aqui porque a maioria da categoria aprovou pela continuidade do movimento e, por isso, seguiremos unidos, mobilizados e firmes enquanto o bônus não for regulamentado”, disse.

A 2ª vice-presidente do Sindifisco Nacional, Auditora-Fiscal Natália Nobre, explicou que o não atendimento dos pleitos da categoria não se deve à eventual deficiência na implementação das ações da mobilização, mas sim à postura desrespeitosa do governo ao ignorar as justas demandas dos Auditores-Fiscais e às atitudes da alta cúpula da Receita Federal no sentido de frear a mobilização e reduzir os impactos das ações.

“Além da regulamentação do bônus e da recomposição dos quadros e do orçamento da Receita, temos uma pauta extensa que pode ser tratada internamente pela administração, mas que vem sendo engavetada, como, por exemplo, a portaria de Atividade Intelectual, que permitiria que os colegas que atuam na DRJ tivessem um tratamento similar ao que é dado aos colegas da fiscalização, cujo trabalho está formalmente enquadrado como atividade externa”, disse.

Ao citar outros atos normativos prejudiciais aos Auditores, também alvos de investidas da Direção Nacional junto à Receita, como a portaria que trata da emissão de ofícios, Natália Nobre conclamou os julgadores a contribuirem fortemente com as estratégias que manterão a pressão interna e externa necessária para que essas e outras demandas sejam finalmente atendidas.

Durante cerca de quatro horas de debates, os julgadores foram unânimes em reiterar o fortalecimento da mobilização e a constatação de que não há possibilidade de volta à normalidade na Receita Federal sem que o governo reconheça as pautas específicas da categoria e do órgão. Muitas foram as sugestões em torno de ações que impactem na produtividade e metas no setor. Após compiladas pelo coordenador do Comando, elas passaram por votação, feita por meio de enquetes, para que sigam para discussão mais aprofundada pelo CNM e pela Direção Nacional.

Assim como os demais julgadores, o 1º diretor-adjunto de Administração e Finanças, Auditor-Fiscal Luís Sérgio Borges Fantacini, que, inclusive, integra a lista de excluídos do teletrabalho, também contribuiu com ideias que agregam para o novo panorama a ser definido pelos Auditores.

Entre as propostas acatadas pela maioria, está a de criação de uma comissão formada por membros da Direção Nacional, da administração e de julgadores com o intuito de discutir as metas gerenciais exigidas no setor. Outra definição levantada foi a de não preenchimento em hipótese alguma do FRA retroativo. Os Auditores julgadores decidiram ainda recusar a volta à normalidade sem que haja revogação da portaria da Receita que excluiu do teletrabalho Auditores que não preencheram os relatórios.

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