Ato em prol de adicional de fronteira paralisa Ponte da Amizade

Uma fila quilométrica formada na entrada e saída do Brasil pela PIA (Ponte Internacional da Amizade), em Foz do Iguaçu (PR), foi um dos reflexos da manifestação dos Auditores-Fiscais e Analistas Tributários da RFB (Receita Federal do Brasil), Policiais Federais e Policiais Rodoviários Federais, que realizaram, até o meio dia de quinta-feira (29/3), um ato de paralisação pela indenização de fronteira.

“A unidade demonstrada aqui com todos esses setores mostra que as necessidades são as mesmas e que, em algumas situações, podemos atuar em conjunto”, disse o presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue.

O ato foi acompanhado pelo sindicalista, pelo segundo vice-presidente da entidade, Sérgio Aurélio, e por diretores do Sindicato, além de Auditores de outras regiões do país que vieram intensificar a mobilização.

“O adicional pode dar a condição de manter Auditores mais experientes nas áreas consideradas inóspitas, uma vez que, quando há possibilidade, eles pedem transferência para outro local exatamente pelo pouco atrativo de se trabalhar aqui”, afirmou a Auditora-Fiscal Ana Paula Lisboa Dutra, que trabalha em Foz do Iguaçu e já passou por Corumbá (MS), outra região fronteiriça.

“As condições de trabalho são consideradas incompatíveis com a realidade que o Auditor-Fiscal enfrenta. Aqui, por exemplo, tanto o Porto Seco como a Aduana não comportam a demanda diária. Faltam pistas, falta servidor. O adicional, nesse caso, serviria como uma compensação do Estado aos serviços cumpridos com presteza e responsabilidade, apesar de todas as dificuldades”, defendeu o Auditor-Fiscal Flávio Bernardino de Carvalho, lotado em Foz do Iguaçu há cinco anos.

“Esse movimento pretende dar o sentido da urgência para a concessão do adicional de fronteira que o Governo diz que concorda, mas que até agora não apresentou nenhuma proposta às categorias”, explicou Pedro Delarue.

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