Aposentados e pensionistas elaboram manifesto a ser entregue a candidatos à Presidência

O manifesto a ser encaminhado aos candidatos à Presidência da República foi a pauta principal da reunião em formato híbrido do Movimento Nacional dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas (Instituto MOSAP), nesta terça (22), em Brasília. O Sindifisco Nacional foi representado presencialmente pelo secretário-geral, Auditor-Fiscal Hélio Fernando Muylaert, pelo diretor de Assuntos de Aposentadoria e Pensões, Auditor-Fiscal Roberto Kasai, e pelo diretor de Assuntos Parlamentares, Auditor-Fiscal Floriano Martins de Sá Neto. O encontro foi conduzido pelo presidente do Instituto, Edison Haubert.
Uma minuta do manifesto elaborada na reunião anterior recebeu sugestões de aprimoramento que foram compiladas. Em seguida, a nova minuta foi encaminhada aos representantes das mais de 600 entidades que compõem o Mosap. A ideia é entregar pessoalmente o documento que deve conter as reivindicações de aposentados e pensionistas e também publicar o texto em um veículo de comunicação de grande circulação.
O presidente do Mosap explicou que a minuta já chamou a atenção de outras entidades que elogiaram a iniciativa. “É fundamental reforçar a importância da movimentação dos aposentados para tentar modificar a situação negativa em que vivemos. É preciso ter a consciência de que, se quisermos, podemos fazer acontecer. Este ano, estamos determinados a fazer acontecer”, disparou.

Roberto Kasai destacou a defesa da paridade como forma de corrigir uma das inúmeras perdas de direitos que vêm se somando na vida de aposentados e pensionistas, bem como o rebaixamento do poder aquisitivo, fruto dos sucessivos anos sem reajuste, diante do impacto da inflação acumulada.
Hélio Muylaert relembrou que a Constituição de 1988 inovou instituindo a paridade para os servidores públicos. No entanto, os governos que vieram depois têm focado na retirada de direitos tanto dos trabalhadores do setor público quanto da iniciativa privada. Fator previdenciário, contribuição previdenciária para aposentados e quebra da paridade são algumas das mudanças implementadas com o objetivo de fragmentar a luta dos aposentados. “Temos que trabalhar com inteligência para alcançar os nossos objetivos”, defendeu.
O diretor de Assuntos Parlamentares ressaltou que, além da defesa da paridade, faz-se necessária uma análise minuciosa das modificações trazidas pelas reformas previdenciárias, a fim de restabelecer direitos suprimidos. Para ele, é fundamental construir uma grande mobilização de aposentados e não restringir a luta à PEC 555. Floriano Martins defendeu que aposentados e pensionistas participem ativamente do ano eleitoral e demonstrem sua força nas urnas.
Encerrada o debate político, os integrantes do Mosap discutiram temas internos, como o funcionamento do conselho fiscal da entidade.
A próxima reunião do instituto ficou marcada para o dia 12 de abril.