Presidente do CDS faz alerta sobre Campanha Salarial

O presidente do CDS (Conselho de Delegados Sindicais), Ayrton Eduardo Bastos, enviou uma carta sobre a Campanha Salarial às DS (Delegacias Sindicais) e solicitou divulgação da mesma no Informativo do Sindifisco Nacional. A DEN (Diretoria Executiva Nacional) comunga com todas as ponderações feitas pelo presidente do CDS e entende que a carta é um alerta de suma importância e que, portanto, deve ser devidamente apreciada pela Classe.

A seguir, a carta:

Colegas Presidentes de Delegacias Sindicais,
A reunião da Mesa de Negociação, que estava marcada para ocorrer amanhã às 15:00h, foi mais uma vez adiada, agora para o dia 30/08, véspera do prazo limite para encaminhamento da proposta de reajuste para o Congresso Nacional. E desta vez, com uma situação inusitada, que é a separação das carreiras da Polícia Federal com as do Fisco em horários diferentes. O Secretário do Planejamento marcou a reunião com os Policiais Federais para as 11:00h e conosco para as 15:00h.

Essa atitude vem ao encontro das hipóteses que vêm sendo levantadas sobre a possibilidade de apresentação de propostas diferenciadas para as categorias.

A depender do que seja apresentado, é inconcebível e inadmissível que haja uma diferenciação de proposta em nosso desfavor, haja vista a relevância do serviço prestado pelos Auditores-Fiscais, tanto na manutenção e incremento da arrecadação, inclusive em momentos de crise como o que ora enfrentamos, quanto na defesa da economia e da produção nacional.

O servidor público não pode pagar sozinho pelos sacrifícios exigidos para a manutenção da estabilidade econômica do país. O Projeto de Lei 1992/2007, que cria a previdência complementar para o serviço público, com a previsão de administração do fundo pelo sistema financeiro privado, acaba de ser aprovado na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados.

A desoneração da folha de pagamento já está sendo colocada em prática pelo Governo Federal.

Em momento algum se coloca em discussão com a sociedade a sangria provocada nas contas públicas com o pagamento de juros exorbitantes ao capital especulativo internacional.

Agora, além de não se falar sequer na reposição da inflação para este ano, o Governo sinaliza com a possibilidade de novamente provocar o desequilíbrio remuneratório entre as carreiras Exclusivas de Estado.

Fiquemos alerta, colegas, para o que possa estar vindo por aí, e prontos para darmos uma resposta a altura a qualquer forma de desvalorização do nosso trabalho.

Ayrton Eduardo de Castro Bastos
Presidente da Mesa Diretora do CDS

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