Mário Pinho defende correção da tabela do IR em 64%
O 2° vice-presidente do Sindifisco Nacional, Mário Pinho, defendeu, em entrevista à Radioagência Nacional da EBC, a correção da defasagem da tabela do IR (Imposto de Renda). Você pode ouvir as declarações acessando o site Radioagência Nacional ou no player abaixo. O texto completo está no fim desta matéria. A reportagem da EBC aborda os ajustes finais feitos no texto da MP (Medida Provisória) 656, aprovada no Senado. A chamada "MP do Imposto de Renda" segue agora para sanção da Presidência da República. O texto estabelece reajuste de 6,5%, sendo que a proposta do Governo é de 4,5%.
O Sindifisco Nacional aponta, no entanto, que a tabela do IR possui uma desafagem muito maior que os dois índices. Um estudo feito pelo Sindicato aponta que esta correção hoje deveria ser de 64%. Para Mário Pinho, esse índice pode garantir benefícios reais a trabalhadores que ganham menos. A Radioagência cita o estudo do Sindifisco Nacional que aponta a defasagem de 64% na tabela do IR. "Se o Governo não fizer esse reajuste efetivamente, o imposto de renda vai passar a corroer o salário do trabalhador e principalmente daquele trabalhador que ganha salários menores. A correção da tabela é para que o trabalhador, principalmente o que tem renda mais baixa, pague menos imposto de renda", disse Pinho.
Texto completo – "A Medida Provisória 656 vai passar por ajustes finais feitos pelo senador Romero Jucá do (PMDB/RR) e seguir para o Palácio do Planalto. Caso Dilma Rousseff aprove o reajuste da tabela de imposto de renda em 6,5%, quem receber a até R$ 1.903 por mês vai ficar de fora do imposto de renda. Atualmente, estão isentos de pagar o imposto quem recebe até R$ 1.787 por mês. O Foverno queria um reajuste de 4,5%. Por isso, existe a expectativa de que Dilma vete a MP. As centrais sindicais como A CUT e a Força Sindical são a favor da proposta. Para eles, a medida corrige parte da defasagem da tabela do Imposto de Renda. Um estudo do Sindifisco (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) aponta a defasagem de mais de 64% na tabela. Isso porque durante anos não houve reajuste ou ele foi abaixo da inflação. Assim, caso a tabela fosse totalmente corrigia, segundo defende o sindicato, somente pagaria imposto de renda quem recebe acima de R$ 2.761 por mês.
Além do reajuste de 6,5%, a MP traz outras mudanças. O texto permite o refinanciamento em até 240 parcelas de dívidas de clubes de futebol, sem exigir contrapartida; reduz impostos para armas de fogo, amplia o valor que pode ser abatido do Imposto de Renda com gastos com empregados domésticos, retira ainda o pagamento de IPVA para tratores e outros equipamentos agrícolas, muda a tributação de bebidas frias e cria incentivos para a aviação regional, entre outras mudanças".